O comércio eletrônico está sempre evoluindo, impulsionado pela digitalização e pelas mudanças no jeito que a gente consome. Uma das tendências que mais tem chamado atenção nos últimos anos é o Live Commerce, que combina transmissões ao vivo com a possibilidade de comprar na hora. Surgido na China em 2016, esse modelo de vendas online se consolidou rápido. Só em 2023, o mercado chinês movimentou cerca de US$ 625 bilhões em vendas via lives (E-Commerce Brasil, 2024). O formato junta conveniência, confiança e entretenimento, coisas que os consumidores modernos valorizam cada vez mais.
No Brasil, o Live Commerce também está crescendo rápido. Segundo levantamento do portal Gironews (2024), o uso desse formato subiu de 35% para 61% entre os consumidores em apenas dois anos. Já uma pesquisa do Brasil 247 (2024) mostra que 73% dos consumidores já foram influenciados por lives na hora de comprar. Isso mostra não só a adesão rápida, mas também como mudou a forma de se relacionar com marcas e produtos. A pergunta que fica é: até que ponto o Live Commerce ajuda de verdade a aumentar vendas e fortalecer a presença digital das empresas?
No começo, o e-commerce era mais sobre praticidade e preço baixo. Mas com o tempo, ficou claro que o consumidor quer interação, confiança e experiências mais completas. É aí que entra o Live Commerce: ele mistura a experiência da loja física com o digital. Dá pra tirar dúvidas, ver demonstrações e comprar na hora. Segundo a McKinsey (2022), marcas que usam essa estratégia podem ter taxas de conversão até 10 vezes maiores que no e-commerce tradicional.
O Live Commerce funciona por três pilares: entretenimento, interação e transação digital. Ele deixa a compra mais dinâmica e envolvente. Diferente de uma vitrine estática, uma live passa exclusividade, proximidade e urgência. Cupons e promoções-relâmpago, junto com a demonstração dos produtos, criam confiança e senso de pertencimento.
Claro que também tem desafios. Produzir uma live de qualidade exige infraestrutura, apresentadores preparados e integração com plataformas de venda, o que pode pesar no bolso de pequenos e médios negócios. Além disso, o sucesso depende do engajamento em tempo real: se a audiência for baixa, o retorno pode não valer o investimento. Outro ponto é medir o impacto de longo prazo: números como visualizações e vendas são fáceis de acompanhar, mas fidelização e posicionamento de marca ainda são mais difíceis de medir. E uma live mal feita pode prejudicar a imagem da marca.
Mesmo assim, os resultados têm sido muito positivos. No Brasil, por exemplo, o setor de farmácias registrou 252% de aumento na taxa de conversão em transmissões ao vivo (E-Commerce Brasil, 2024). Beleza, alimentos e bebidas também tiveram resultados fortes. O Live Commerce cria um ambiente de confiança, permitindo que o consumidor veja o produto em ação, ouça especialistas ou influenciadores e tire suas dúvidas na hora. Além disso, transformar a compra em um evento coletivo gera comunidade e aproxima emocionalmente o consumidor da marca. E ainda tem o bônus: trechos da live podem virar conteúdo nas redes sociais, ampliando alcance e reduzindo custos.
Um exemplo brasileiro é a Americanas ao Vivo, lançada em 2023 pela Americanas S.A.. A ideia foi fazer lives semanais com influenciadores e especialistas, oferecendo cupons e promoções só durante a transmissão. O resultado? 32% de aumento nas vendas online nos dias das lives, engajamento cinco vezes maior e o dobro do tempo médio no app. O que fez a diferença foi entreter e envolver o público, não só mostrar o produto. Lives mais descontraídas, com jogos e sorteios, tiveram desempenho melhor que as mais “sérias”.Além disso, para que o Live Commerce funcione de verdade, é preciso ter infraestrutura operacional eficiente. As transmissões precisam de estoque disponível, integração entre canais e logística ágil. Senão, o cliente pode acabar frustrado. É aqui que soluções de gestão inteligente entram em cena. A idworks, por exemplo, oferece um ecossistema integrado com hub de marketplaces, WMS, TMS e PDV, garantindo sincronização em tempo real de estoque, pedidos e entregas. Assim, enquanto a live cria desejo e engajamento, a idworks garante que a experiência de compra seja rápida, prática e confiável, fortalecendo o relacionamento com o consumidor.
Autor: Equipe Editorial